Já está claro que uma das grandes mudanças que tivemos foi que a digitalização veio para ficar. Essa foi uma mudança rápida e drástica que tivemos que passar, já que fomos forçados a migrar para o digital para sobreviver. Um exemplo bem claro disso é o e-commerce, que teve um alto crescimento nesse período e as redes sociais que contribuem para servir de vitrine dos negócios. Como será o mundo do networking após a pandemia?
Para se ter ideia, de acordo com um levantamento da Neotrust, o e-commerce brasileiro registrou um faturamento recorde em 2021, atingindo um crescimento de 26,9% em relação ao ano anterior, totalizando mais de R$161 bilhões.
Além disso, o mundo após a pandemia também nos mostrará a necessidade deexpandir os conhecimentos, ou seja, sair do nosso universo microcosmo para ir para um universo maior do mundo business. Durante a pandemia, as pessoas começaram a sair do seu nicho e ir para um universo global do business e tudo o que ele envolve, tudo o que precisamos aprender de novo, como a digitalização.
Também tivemos a mudança do home office que se tornou uma realidade e está migrando para o híbrido, mas que não voltará a ser como era antes, estando no escritório oito horas por dia – hoje os próprios funcionários e colaboradores não aceitam mais isso.
Outro ponto importante é que, por conta da pandemia, a concretização dos negócios passou a ser online. Isso diminuiu o número de viagens, e também de transporte e deslocamento para ir até os escritórios – o que causou uma otimização de tempo. Houve um grande ganho nessa questão.
Devemos voltar nossos olhos ao novo mundo da gestão de pessoas. Durante a pandemia, passamos a entender a necessidade de sermos colaboradores facilitadores de nossos funcionários – a questão de lidar com a ansiedade e insegurança também foram questões cruciais
Além disso, os líderes tiveram que aprender a lidar com os colaboradores que precisavam conciliar o trabalho, o lar, os filhos e as tarefas. Houve uma necessidade de adaptação muito rápida e brusca, fazendo com que as organizações tenham um papel fundamental na gestão de pessoas.
Acredito que, durante esse período, os líderes aprenderam a ter uma empatia maior com os colaboradores. Para a confiança entre gestores e colaboradores existir, a empatia teve que se expandir, uma compreensão maior sobre a vida do colaborador. As pessoas tiveram que multiplicar esforços para podermos nos conectar com os nossos clientes e continuar o networking.
Outro fator muito interessante que percebemos foi a análise de dados. Através de uma análise de dados, foram criados novos produtos e serviços para atender o consumidor de uma forma muito diferente da qual estávamos acostumados. Essa nova relação de negócios foi imposto por força maior durante a pandemia.
É necessário entendermos que empresas são compostas por pessoas, então o maior ativo de uma empresa são as pessoas. Isso foi um ganho muito grande e acredito que já está havendo uma melhoria na qualidade de vida e do trabalho dos colaboradores.
Durante a pandemia, provamos ser extremamente mais resilientes do que pensávamos. O ser humano é um ser de adaptação, ele se adapta às circunstâncias. Existe uma máxima que diz: ou você se adapta, ou você migra, ou você morre. Nessa situação de pandemia, não tinha a opção de migrar – ir embora para uma outra sociedade, outro país ou outro trabalho, então forçadamente fomos obrigados a nos adaptar.
Isso trouxe uma força muito grande para as pessoas. Houve uma expansão da capacidade mental, intelectual, pessoal no sentido de lidar com a ansiedade, com o medo e com as perdas que a pandemia causou. Acredito que problemas desenvolvidos e aumentados pela pandemia, como ansiedade e pânico, estão se superando uma vez que passamos por isso com uma resiliência incrível.
Para o novo cenário que estamos vivendo, percebo que uma das grandes dificuldades é que ainda existe uma tendência muito grande de pessoas dizerem que desejam a volta ao que vivíamos seja na empresa, seja ao modelo de vida que tínhamos. Isso não vai acontecer. Foi uma mudança que veio para ficar, o chamado novo normal.
O que as pessoas precisam ter é uma flexibilidade de abertura para entender esse novo momento, buscar expandir os seus conhecimentos em áreas que ela não considerava antes – como divulgar o seu negócio nas redes sociais, digitalizar o negócio, fazer networking, oferecer e-commerce, compras onlines.
Quando falamos de pequenas empresas, muitas que eram estáveis acabaram se deparando com um universo completamente desconhecido. Acima de tudo, as pessoas precisam ter uma abertura interna muito grande para voltar a aprender. Estamos vivendo um novo modelo que exige aprendizado e renovação constante.
Por incrível que pareça, muitas empresas estavam estagnadas e confortáveis na sua posição no mercado e precisaram se reinventar, as que não conseguiram fecharam e quebraram. É um novo aprendizado, uma nova universidade que temos que cursar. Do contrário, estamos fadados ao fracasso.
Por Mara Leme Martins
PhD. Vice Presidente do BNI Brasil – Business Network International – organização de networking.
Link da matéria: https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/networking-apos-a-pandemia/
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